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Risco Genético e Intolerância à Histamina

Foto do escritor: Tamires OliveiraTamires Oliveira

A histamina é um composto natural envolvido em diversas funções do organismo, como resposta imunológica, regulação do sono e controle da secreção gástrica. No entanto, algumas pessoas apresentam dificuldade na metabolização da histamina, levando a sintomas como dor de cabeça, inchaço, coceira, problemas gastrointestinais e até dificuldades respiratórias. Essa condição pode estar associada a variações genéticas que afetam a degradação da histamina no corpo.

O Papel da Genética na Intolerância à Histamina

A intolerância à histamina ocorre quando há um desequilíbrio entre a ingestão dessa substância e a capacidade do organismo de degradá-la. Esse processo depende, principalmente, da ação de duas enzimas:

  • Diaminooxidase (DAO): Responsável pela degradação da histamina ingerida na alimentação. Deficiências nessa enzima podem levar ao acúmulo de histamina no organismo.

  • Histamina N-Metiltransferase (HNMT): Atua na degradação da histamina endógena, regulando seus níveis nos tecidos.

As principais variações genéticas associadas à intolerância à histamina incluem:

  • AOC1 (gene da DAO - rs10156191, rs1049742, rs1049793): Polimorfismos nesse gene podem reduzir a atividade da enzima DAO, dificultando a metabolização da histamina alimentar.

  • HNMT (rs11558538): Variantes desse gene podem afetar a capacidade do corpo de degradar a histamina circulante.

Sintomas da Intolerância à Histamina

Os sintomas podem variar de leves a intensos e incluir:

  • Congestão nasal e dificuldades respiratórias

  • Dores de cabeça e enxaquecas

  • Problemas gastrointestinais (inchaço, diarreia, refluxo)

  • Coceira e vermelhidão na pele

  • Fadiga e tontura

Como Gerenciar a Intolerância à Histamina?

  1. Dieta de baixo teor de histamina: Evitar alimentos ricos em histamina, como queijos maturados, embutidos, vinho, fermentados e frutos do mar.

  2. Suplementação de DAO: Em alguns casos, a suplementação da enzima DAO pode ajudar a reduzir os sintomas.

  3. Redução de gatilhos ambientais: Poeira, mofo e poluentes podem estimular a liberação de histamina no corpo.

  4. Identificação genética: Testes genéticos podem ajudar a compreender a predisposição individual e facilitar a personalização da dieta.

  5. Monitoramento do estresse: O estresse pode impactar os níveis de histamina e agravar os sintomas.

A intolerância à histamina pode ser um desafio para muitas pessoas, mas a identificação da predisposição genética pode auxiliar na personalização da alimentação e na melhora da qualidade de vida. Com estratégias adequadas, é possível minimizar os efeitos da histamina no organismo e evitar desconfortos associados à sua intolerância.



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