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Foto do escritorTamires Oliveira

Explorando o risco genético para arritmia cardíaca: um olhar profundo nos genes relevantes

O coração humano é uma máquina incrivelmente complexa, coordenando batimentos rítmicos que bombeiam o sangue por todo o corpo. A arritmia cardíaca é um distúrbio que pode interromper esse ritmo, aumentando o risco de complicações graves. Embora fatores de estilo de vida desempenhem um papel importante, há uma crescente compreensão de que a genética também pode contribuir para o risco de desenvolver arritmias cardíacas. O painel genético de Saúde do Homem e da Mulher avalia esses genes:


Gene SCN5A

O gene SCN5A desempenha um papel fundamental na função do canal de sódio cardíaco. Mutações neste gene podem causar síndrome do QT longo, síndrome de Brugada e outras arritmias cardíacas hereditárias. Essas mutações afetam a condução elétrica do coração, levando a ritmos anormais e potencialmente fatais.


Gene MTHFR

A metiltetrahidrofolato redutase (MTHFR) é uma enzima que desempenha um papel crucial no metabolismo da homocisteína. Mutações no gene MTHFR podem levar ao acúmulo de homocisteína, o que tem sido associado a um maior risco de arritmias cardíacas, além de doenças cardiovasculares em geral.


Gene ZFHX3

O gene ZFHX3 está associado a um risco aumentado de fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia que pode levar a complicações como acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. A variante genética neste gene pode influenciar a função elétrica do coração.


Gene TBX5

As mutações no gene TBX5 são conhecidas por causar a síndrome de Holt-Oram, uma condição que afeta o desenvolvimento dos membros superiores e também está associada a anomalias cardíacas, incluindo arritmias. Embora seja mais reconhecido por seus efeitos no desenvolvimento, o TBX5 também desempenha um papel na regulação elétrica do coração.


Gene HCN4

O gene HCN4 é responsável pela produção do canal de íon de hiperpolarização, um componente crítico do sistema de condução elétrica do coração. Mutações neste gene podem afetar a frequência cardíaca, levando a arritmias como a síndrome do nó sinusal doente.


Gene KCNN3

O KCNN3 codifica um canal de potássio que desempenha um papel importante na repolarização cardíaca. Variantes genéticas neste gene podem afetar a duração do potencial de ação cardíaca, aumentando o risco de arritmias ventriculares.


Gene SOX5

Embora o gene SOX5 não seja amplamente conhecido por seu papel nas arritmias cardíacas, estudos recentes sugeriram que as variações genéticas neste gene podem estar associadas a uma maior predisposição para certos tipos de arritmias, como a fibrilação atrial.


É importante destacar que o conhecimento desses riscos genéticos pode permitir uma intervenção precoce e personalizada para reduzir o risco de arritmias cardíacas. Consultar um geneticista ou cardiologista familiarizado com genética cardiovascular pode ser valioso para indivíduos com histórico familiar de arritmias cardíacas ou que desejam entender melhor seu próprio risco genético.

Além disso, a pesquisa continua avançando nesta área, e novas descobertas genéticas podem levar a estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes no futuro. Por enquanto, a conscientização sobre os fatores genéticos é um passo importante em direção à saúde cardíaca a longo prazo.



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